Você tem medo de anestesia?

Não é incomum o paciente relatar que tem mais medo do procedimento anestésico do que da cirurgia em si. A causa mais provável são relatos negativos sobre o assunto, em geral por parte de pessoas mais antigas: “tive um tio que não voltou da anestesia”, “durante o parto da minha filha eu senti dor”, “um parente meu teve uma reação à anestesia”.

São diversos relatos que se tornaram mitos e remontam um período da medicina em que a anestesia não era como a que conhecemos atualmente.

No início, as cirurgias eram realizadas sem anestesia e o “conforto” dado aos pacientes era através da ingestão de álcool, extratos de plantas, hipnose e acupuntura.

Há pouco mais de um século surgiram algumas opções que provocavam uma perda mais completa da consciência, como o éter e clorofórmio. Essas medicações anestésicas empregadas possuíam muitos efeitos colaterais e, por vezes, tão danosos que levavam ao óbito.

Atualmente as medicações anestésicas possuem uma margem de segurança muito maior, com menores índices de complicações e reações adversas. Além disso, existe uma maior diversidade, possibilitando que o anestesista escolha a opção mais adequada para cada tipo de cirurgia e observando as características individuais do paciente, como alergias, problemas de saúde e medicações de uso diário.

Outro elemento que tornou a anestesia muito mais segura foi a introdução de equipamentos cada vez mais avançados para monitorar os sinais vitais do paciente. Isso possibilita o anestesista perceber como o paciente está respondendo ao processo anestésico-cirúrgico e, caso necessário, fazer correções ou, em situações de complicação, agir de maneira rápida e eficaz.

Essa última colocação nos leva ao fator que talvez seja um dos mais importantes para a segurança da sua cirurgia: a presença contínua do anestesista na sala cirúrgica. Antigamente, esse profissional realizava várias anestesias ao mesmo tempo. Ora, podemos perceber que isso não era adequado, pois se perdia todo o ajuste fino da anestesia e o tratamento precoce de complicações. Após o Conselho Federal de Medicina ter determinado que cada anestesista deva permanecer com o paciente durante toda a anestesia, você pode contar com um médico o tempo todo ao seu lado, responsável por manter você seguro e confortável durante o procedimento.

Com todas essas considerações, concluímos que sim, hoje a anestesia é um procedimento médico muito seguro! As complicações envolvendo a anestesia são raras e, quando acontecem, em geral estão diretamente ligadas às condições físicas do paciente e ao porte da cirurgia.

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